Ontem, 17 de agosto de 2009, foi realizada uma reunião à pedido do atual presidente do D.C.E. da UFCG. Nesta foram explicados e discutidos pontos esclarecedores à respeito do desmembramento da nossa universidade; proposta essa lançada pelo reitor em exercício e , diga-se de passagem, sem conhecimento de fato por parte dos alunos.
Aliás, vale ressaltar que a reunião não foi tão esclarecedora assim, apesar da tentativa de repassar o maior número de informações possível. No entanto, a culpa não foi de Vicelmo (presidente do D.C.E.) ou de qualquer outro estudante que represente o moviemnto estudantil...cabe imputar esta culpa aos nosso "superiores" que monopolizam as informações e as escondem como que para que não fiquemos "a par" do assunto.
Bom, tentamos fazer nossa parte. Foi passado para o alunado presente (por sinal, poucos) tudo o que se sabia sobre a proposta do desmembramento. O objetivo maior foi decidir qual posição tomar nessa questão. Apoiaremos? Iremos contra?
Após a reunião, resolvi me pronunciar...não como representante do movimento estudantil. Mas sim como estudante dessa instituição, muito preocupada com o rumo que tudo isso está tomando.
Desde já, deixo claro que, como representante do movimento estudantil, apoiarei e militarei a favor do que a maioria do alunado achar por bem defender; independente de minha posição pessoal.
Deixo mais claro ainda que, individualmente, sou contra tal medida.
Contra, em primeiro lugar, porque fomos enganados de início ao perguntarmos sobre esse desmembramento e obtermos como resposta que "tal proposta não existia";
Contra por, ao refazermos a pergunta em um segundo momento, sabermos que isso era "uma proposta pra um futuro distante";
Contra por ter voltado das férias e ter descoberto que o "futuro distante" chegou.
Eles escondem as informações, tentam nos ludibriar e de repente aparecem com um projeto arranjado, marcam uma reunião também arranjada e tentam nos empurrar 'goela abaixo' que isso é bom pra gente...não nos questionam, não nos ouvem e ainda dizem que nós que fazemos a Universidade. Fazemos como se nossa voz é calada? Se nossa opinião não os interessa? Aliás, tenho cada vez mais certeza que é assim que tudo funciona...E não venha me dizer que a reunião do dia 20 é pra saber nossa opinião...JÁ ESTÁ tudo arranjado! a reunião é para que nos sintamos importantes, pra acharmos que estamos sendo consultados e pra desencargo de consciência deles próprios. Simples demais; convoca-se uma reunião, lança-se um projeto e tenta levar para seu lado aqueles que ainda não têm opinião formada...reunião essa baseada em mentiras. Pelo amor de Deus!!vão enganar a outro!
Esperam realmente que acreditemos que isso é para o bem da UFCG? que estão fazendo isso pensando na gente? Esse desmembramento não é necessário para a criação de novos cursos! Novos cursos vêm sendo criados - apesar de não suprirem as necessidades dos já existentes - e a universidade vem se expandindo - mesmo que penosamente - apesar de manter o mesmo nome. Estariam pensando na gente se, ao invés de toda essa perda de tempo para satisfazer o ego de uns e outros, investissem na melhoria do que já existe.
Sinceramente, o que vejo aqui é uma sede de poder, um desejo de ascensão às nossas custas. Ou alguém está realmente convencido que, se formos contrários a esse projeto eles irão deixá-lo de lado?
Bom, mesmo que não abortem a operação...ela pode ser, digamos que, sabotada (rsrs!). Mesmo que não sejamos ouvidos ( não o fomos até agora...não vai ser agora que vão se importar com o que pensamos), existem outros meios para fazermos valer nossa vontade. Essa é a hora de fazermos reascender a força proveniente do movimento estudantil. É a hora de entendermos que unidos, somos fortes e podemos ir contra esse autoritarismo. Tudo bem que nadar contra a corrente é mais difícil, que ir contra a parte "mais forte" assusta mas, temos que lembrar que estudantes já se uniram outras vezes e lutaram por causas bem maiores, e em épocas bem piores.
O que quero que cada um entenda é que não precisamos nos conformar, nos acomodar com uma situação que nos desagrada. Desejo sinceramente que desperte em cada um a vontade de lutar por um direito que é nosso e que, se preciso for, tenhamos coragem de sair as ruas, de nos fazer ouvir, seja qual for a forma.
Acredito sinceramente em nossa força. Espero que outros abracem a causa, manifestem-se e façam com que sua voz seja ouvida.
